Publicação: Suplemento escolar "Aula" do diário - El Mundo.
Oviedo (Espanha)
Um simples jogo ou algo mais? O xadrez é considerado de forma unânime como um entretenimento profundamente intelectual. No entanto, muitos estudiosos indicam que este esporte é também uma poderosa ferramenta educativa. A capacidade do cálculo, da concentração, a responsabilidade, e a tomada de decisões, são algumas das habilidades que a prática do xadrez na infância ajudam a reforçar. E rapidamente pode vir a se tornar – como a música – uma disciplina opcional; o Senado já deu um parecer favorável.
Há mais de dois séculos, Goethe definiu o xadrez como “um excelente exercício mental”. Desde então, milhares de investigações têm estudado a relação entre este jogo e o intelecto humano. Os resultados delas têm sido bem similares: o xadrez influi positivamente na formação da personalidade, e sua prática ajuda os estudantes a assimilarem novos conhecimentos.
Um dos problemas mais preocupantes para os educadores em nossos dias, e que causa a maior parte dos fracassos escolares, é o fenômeno da dispersão que sofrem os alunos. Em um contexto que cada vez oferece estímulos mais rápidos e superficiais (televisão, computadores, videogames...), e que pedem menos concentração, muitos jovens encontram problemas quando se deparam com atividades que exigem um esforço mental, como um exame e o próprio estudo das matérias. O xadrez, de uma forma lúdica – já que não deixa de ser um jogo – é um excelente treinamento neste sentido, pode ajudar os alunos a disciplinar sua capacidade de concentração para poder aplicá-la nos momentos necessários.
Mas as vantagens do xadrez não param por aí: “Aprender a analisar sistematicamente os problemas, expor idéias, conclusões e soluções, avaliar antecipadamente as vantagens e inconvenientes de uma decisão, aprender a planejar, responsabilizar-se por seus atos e assumir suas conseqüências, aumentar a autonomia e controlar a impulsividade são apenas algumas das contribuições do xadrez na construção do caráter de uma pessoa”, opina José Angel Lopez de Turiso, professor e monitor experiente de xadrez no Colégio Mirabal, em Madrid. “Mesmo que sua utilização no sistema educacional esteja ainda em seus início, tem um grande potencial e um futuro esplêndido”, conclui.
O parecer favorável do Senado Espanhol e da Unesco.
A presença do xadrez na grande maioria dos centros educativos é hoje uma realidade. Seja por meio das associações de pais, de clubes esportivos, escolas municipais, de algum professor com interesse pelo xadrez, ou inclusive através de academias privadas, raramente há um colégio que não tenha algum tipo de aula de xadrez de forma extracurricular. “É uma situação de fato e não de direito”, afirmou o representante da Coalición Canária frente ao Senado, “é preciso dar um caráter formal e legal à prática do xadrez nos centros de ensino”. Sua proposta de convencer o governo a recomendar a inclusão do xadrez como disciplina opcional nos centros secundários só recebeu votos a favor, com uma única abstenção, por motivos exclusivamente políticos, do Partido Popular (então na oposição). A primeira jogada já está feita, e agora é estar junto ao governo e às comunidades autônomas, nas que recaem as competências educativas. Por sua parte, a Unesco, também recomendou a inclusão do xadrez nos planos educativos de todos seus países membros.
Oviedo (Espanha)
Um simples jogo ou algo mais? O xadrez é considerado de forma unânime como um entretenimento profundamente intelectual. No entanto, muitos estudiosos indicam que este esporte é também uma poderosa ferramenta educativa. A capacidade do cálculo, da concentração, a responsabilidade, e a tomada de decisões, são algumas das habilidades que a prática do xadrez na infância ajudam a reforçar. E rapidamente pode vir a se tornar – como a música – uma disciplina opcional; o Senado já deu um parecer favorável.
Há mais de dois séculos, Goethe definiu o xadrez como “um excelente exercício mental”. Desde então, milhares de investigações têm estudado a relação entre este jogo e o intelecto humano. Os resultados delas têm sido bem similares: o xadrez influi positivamente na formação da personalidade, e sua prática ajuda os estudantes a assimilarem novos conhecimentos.
Um dos problemas mais preocupantes para os educadores em nossos dias, e que causa a maior parte dos fracassos escolares, é o fenômeno da dispersão que sofrem os alunos. Em um contexto que cada vez oferece estímulos mais rápidos e superficiais (televisão, computadores, videogames...), e que pedem menos concentração, muitos jovens encontram problemas quando se deparam com atividades que exigem um esforço mental, como um exame e o próprio estudo das matérias. O xadrez, de uma forma lúdica – já que não deixa de ser um jogo – é um excelente treinamento neste sentido, pode ajudar os alunos a disciplinar sua capacidade de concentração para poder aplicá-la nos momentos necessários.
Mas as vantagens do xadrez não param por aí: “Aprender a analisar sistematicamente os problemas, expor idéias, conclusões e soluções, avaliar antecipadamente as vantagens e inconvenientes de uma decisão, aprender a planejar, responsabilizar-se por seus atos e assumir suas conseqüências, aumentar a autonomia e controlar a impulsividade são apenas algumas das contribuições do xadrez na construção do caráter de uma pessoa”, opina José Angel Lopez de Turiso, professor e monitor experiente de xadrez no Colégio Mirabal, em Madrid. “Mesmo que sua utilização no sistema educacional esteja ainda em seus início, tem um grande potencial e um futuro esplêndido”, conclui.
O parecer favorável do Senado Espanhol e da Unesco.
A presença do xadrez na grande maioria dos centros educativos é hoje uma realidade. Seja por meio das associações de pais, de clubes esportivos, escolas municipais, de algum professor com interesse pelo xadrez, ou inclusive através de academias privadas, raramente há um colégio que não tenha algum tipo de aula de xadrez de forma extracurricular. “É uma situação de fato e não de direito”, afirmou o representante da Coalición Canária frente ao Senado, “é preciso dar um caráter formal e legal à prática do xadrez nos centros de ensino”. Sua proposta de convencer o governo a recomendar a inclusão do xadrez como disciplina opcional nos centros secundários só recebeu votos a favor, com uma única abstenção, por motivos exclusivamente políticos, do Partido Popular (então na oposição). A primeira jogada já está feita, e agora é estar junto ao governo e às comunidades autônomas, nas que recaem as competências educativas. Por sua parte, a Unesco, também recomendou a inclusão do xadrez nos planos educativos de todos seus países membros.
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