quarta-feira, 7 de maio de 2008

Xadrez escolar: uma lição gostosa de aprender

Que nossas crianças leiam livros, joguem mais futebol e pratiquem mais xadrez...

Por Taís Julião

O papel da escola na formação de cidadãos conscientes, sem dúvida é algo a ser pensado e discutido quando pais responsáveis preocupam-se com o futuro de seus filhos.

Hoje, a escola que não oferece atividades extras que dinamize e acrescente conteúdo e experiências diferenciadas a seus alunos, não é vista com bons olhos, tanto pela opinião pública quanto pelos pais.

Nessa busca por melhorias na grade curricular, o ensino do xadrez surge como uma boa opção, unindo o espírito inovador das instituições educacionais e a forte imagem de intelectualidade que o esporte-arte oferece.

Os benefícios que a prática do xadrez proporcionam, principalmente nas crianças, tem sido de grande valia para o desenvolvimento deste esporte em nível escolar. O exercício de pensar e a concentração exigida colaboram para uma sensível melhora no comportamento das crianças, em especial no ambiente escolar.

Atenção, raciocínio lógico e capacidade de resolver problemas, favorecem o desempenho escolar daqueles que o praticam e acrescenta na criança um sentimento de combatividade e superação saudáveis.

Entretanto, é importante ressaltarmos o papel relevante dos pais para que haja um aprendizado consciente e produtivo, sem distorções que prejudiquem as crianças e os adolescentes, anulando os benefícios que o xadrez proporciona.

Por maior que seja a boa vontade e didática aprimorada do professor, seria hipocrisia acreditar que, em uma escola onde o xadrez é visto cerca de uma ou duas vezes por semana, poderão surgir centenas de campeões e mestres. No xadrez, assim como em qualquer outro esporte, por exemplo, o futebol, existe aqueles que o praticam profissionalmente e outros por lazer.

É justamente essa realidade que os pais precisam compreender. Não pressionar a criança é essencial para que ela se sinta à vontade e motivada a praticá-lo. Haverá aquela com maior afinidade, e outros desinteressados, mas isso não deve soar como uma sentença de sucesso ou fracasso, que será, de certa forma, atitude de responsabilidade dos pais. Muito além de buscar prestígio e conquistas no competitivo mundo do xadrez, os filhos devem ser incentivados a praticar o esporte por si só, pela sua essência intelectual, porém divertida e sadia.

Como nos ensina a sabedoria popular, "Corpo são e mente sã". Que nossas crianças leiam livros, joguem mais futebol e pratiquem mais xadrez...

A escola que adotar esta idéia estará, com certeza, acrescentando em sua instituição um diferencial sem precedentes, exercendo amplamente seu papel na sociedade e fazendo jus à sua função básica: formar cidadãos. Uma verdadeira demonstração de responsabilidade social.

Fonte: jornal escolar Kuca Legal, dirigido pelo Prof. José Carlos Gonçalves Pereira

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