Origem do nome da Defesa Francesa
A primeira referencia aos movimentos iniciais da defesa francesa foi realizada no livro de Luis Ramires de Lucena “Repetición de Amores y Arte de Ajedrez”, publicado em Salamanca, 1497.
Neste livro Lucena se limita a mencionar que depois de 1.e4 e6, a melhor resposta para as brancas é 2.d4. Resposta que, apesar de haver passado quinhentos anos, segue sendo considerada como a melhor continuação para um grande numero de enxadristas.
A denominação de “Defesa Francesa” data do século XIX quando, em 1836, se celebrou um encontro postal entre o Clube de Xadrez de Paris e o Clube de Xadrez Westminster de Londres e os jogadores parisienses usaram a dita defesa com a qual conseguiram a vitória ao final do match.
Pierre C. F. de Saint Amant (1800-1872), um dos mais fortes jogadores de xadrez da época e famoso por seus encontros contra o inglês Stauton em 1843, assessorava aos parisienses, ainda que, George Walker (1803-1879), notável enxadrista e autor de vários livros de xadrez, fazia o mesmo com os jogadores londrinos.
Os jogadores do Clube de Xadrez de Paris elegeram a Defesa Francesa para evitar o jogo aberto característico do xadrez romântico daquela época. Desta forma, evitaram, por exemplo, as terríveis complicações do Gambito do Rei.
É de se destacar, também, que o famoso enxadrista francês Deschapelles (1780-1847) não quis participar do match justamente pelo fato de a defesa francesa ter sido eleita como arma defensiva, pois segundo ele a francesa era uma defesa maçante.
A Defesa Francesa sempre teve adeptos entre os principais jogadores de xadrez, incluindo entre eles os campeões mundiais Capablanca, Alekhine e Botvinnik.
sábado, 11 de abril de 2009
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